
Sobre Clínica Dr Fábio Batistuta

Como tudo que vive e pulsa, este espaço também evoluiu. Não perdeu seu propósito inicial de colocar em pauta assuntos relacionados à saúde reprodutiva com muito respeito, cuidado e afeto. No entanto, por interesse pessoal, dedicarei a explorar o universo deste ser que ainda nem nasceu, o feto.
Me encanta, impressiona e me desperta curiosidade a vida desses pequenos, que o fato dela passar escondida dos nossos olhos, nesse mundo misterioso que é o útero, por muito tempo foi negligenciada e revestida de mistérios que aos poucos vão sendo desvendados.
Ao contrário do que se pensava, o bebê ainda dentro do útero está exposto a uma infinidade de doenças e fatores que interferem no seu desenvolvimento, no seu bem estar e na sua saúde antes e após seu nascimento. Pouco sabemos o quanto esses momentos tempestuosos interferem no futuro desses frágeis seres, que lutam pelos seus lugares no universo.
Falar sobre o exercício da medicina fetal é falar sobre ser “Ponte”. É falar sobre ser agente de cuidado e de amor, com respeito e honestidade. É falar sobre esperança. É muitas vezes eloquentemente me calar…
Como tudo que vive e pulsa, a vida se eterniza num infinito ciclo de renascimento e morte. Ciclos que duram anos, centenas deles, outros que de maneira efêmera se interrompem e cumprem o seus papeis nessa existência para o reinício de um novo ciclo.
Somos seres cuja a evolução nos conferiu a característica de nos apegarmos, de sonharmos o futuro e de vivermos em nossos sonhos. Projetamos nossas vidas, nossa felicidade na existência de outros. Vivemos inconscientemente e amamos o objeto dos nossos desejos.
Nossos filhos já estão impregnados desse amor, desses sonhos, dessa energia de vida antes mesmo de serem matéria. Nos complementamos neles de maneira quase simbiótica e idealizamos o filho perfeito. No entanto a natureza sabiamente se renova de uma maneira que muitas vezes não entendemos seu propósito e, soberana que é, sem a intenção de ferir nossos frágeis egos, nos pregam peças fragmentando-nos os sonhos, nossas certezas, nossos desejos deixando-nos apenas uma devassidão na alma.
Frequentemente me perguntam: É difícil comunicar uma notícia ruim aos pais durante um exame? – Durante muitos anos não tive claro dentro de mim a resposta para essa pergunta até o dia que entendi plenamente o que significa o que é “servir”. Naquele momento percebi que o meu papel era ser como um Elo de uma corrente. Era conectar o coração de uma mãe devassado pela dor e pelo medo do sonho desnudado pela fria realidade da vida, a um significado maior. Percebi que toda a técnica e toda a ciência só teria valor se pudesse nos permitir atravessar a escuridão da alma de mãos dadas.
Olá Dr. Fábio
O Sr não tinha me contado a respeito do seu site. Fiquei surpresa e feliz, ja me interessei por alguns vídeos que você postou… e por suas opniões sempre bem vindas. Continue o belo trabalho. Abraço e até a próxima.