Autor: fabiobatistuta

eMedicine Article – Cutis Marmorata Telangiectatica Congenita

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Recomendações da OMS no atendimento ao parto normal

 
 

 
 

CATEGORIA A:

PRÁTICAS DEMONSTRADAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS:

 · Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família;

· Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto, e ao longo deste último;

· Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento;

· Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto;

· Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações;

· Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante;

· Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto;

· Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto;

· Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto;

· Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem;

· Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto;

· Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente;

· Uso de materiais descartáveis apenas uma vez e descontaminação adequada de materiais reutilizáveis, durante todo o trabalho de parto e parto;

· Uso de luvas no exame vaginal, durante o parto do bebê e no manuseio da placenta;

· Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;

· Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto;

· Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo, por meio do uso do partograma da OMS;

· Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em consequência da perda de até uma pequena quantidade de sangue;

· Condições estéreis ao cortar o cordão;

· Prevenção da hipotermia do bebê;

· Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre aleitamento materno;

· Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares;

  
 

CATEGORIA B:

PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER ELIMINADAS:

· Uso rotineiro de enema;

· Uso rotineiro de tricotomia;

· Infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto;

· Cateterização venosa profilática de rotina;

· Uso rotineiro de posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto;

· Exame retal;

· Uso de pelvimetria por Raios-X;

· Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não permite controlar seus efeitos;

· Uso de rotina da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto;

· Esforço de puxo prolongado e dirigido (manobra de Valsalva) durante o 2º estágio do trabalho de parto;

· Massagem e distensão do períneo durante o 2º estágio do trabalho de parto;

· Uso de comprimidos orais de ergometrina no 3º estágio do trabalho de parto, com o objetivo de evitar ou controlar hemorragias;

· Uso rotineiro de ergometrina parenteral no 3º estágio do trabalho de parto;

· Lavagem uterina rotineira após o parto;

· Revisão uterina (exploração manual) rotineira após o parto;

 
 

CATEGORIA C:

PRÁTICAS EM RELAÇÃO AS QUAIS NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A QUESTÃO:

 · Métodos não farmacológicos de alívio de dor durante o trabalho parto, como ervas, imersão em águas e estimulação dos nervos;

· Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto;

· Pressão do fundo durante o trabalho de parto;

· Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto;

· Manipulação ativa do feto no momento do parto;

· Uso rotineiro de ocitocina de rotina, tração controlada do cordão, ou sua combinação durante o 3º estágio do trabalho de parto;

· Clampeamento precoce do cordão umbilical;

· Estimulação do mamilo para estimular a contratilidade uterina durante o 3º estágio do trabalho de parto.

 
 

CATEGORIA D:

PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO:

 · Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto;

· Controle da dor por agentes sistêmicos;

· Controle da dor por analgesia peridural;

· Monitoramento eletrônico fetal;

· Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assistência ao trabalho de parto;

· exames vaginais repetidos ou frequentes, especialmente por mais de um prestador de serviço;

· Correção da dinâmica com utilização de ocitocina;

· Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto;

· Cateterização da bexiga;

· Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário;

· Adesão rígida a uma duração estipulada do 2º estágio do trabalho de parto, como por exemplo, uma hora, se as condições da mãe e do feto forem boas e se houver progressão do trabalho de parto;

· Parto operatório;

· Uso liberal e rotineiro de episiotomia;

· Exploração manual do útero após o parto.

 

O que é Doula?

O que é Doula?

A palavra “doula” vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se à mulher sem experiência técnica na área da saúde, que orienta e assiste a nova mãe no parto e nos cuidados com bebê. Seu papel é oferecer conforto, encorajamento, tranquilidade, suporte emocional, físico e informativo durante o período de intensas transformações que está vivenciando.

 
 

Antigamente o nascimento humano era marcado pela presença experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas, tias, mães e avós acompanhavam, instruíam e apoiavam a parturiente e recém-mãe durante todo o trabalho de parto, o próprio parto e os cuidados com o recém-nascido.

 
 

Atualmente os partos acontecem em ambiente hospitalar e rodeado por especialistas: o médico obstetra, a enfermeira, o pediatra… cada qual com sua especialidade e preocupação técnica pertinente. O cuidado com o bem estar emocional da parturiente acabou ficando perdido em meio ao ambiente impessoal dos hospitais, tendendo a aumentar o medo, a dor e a ansiedade daquela que está dando a luz e consequentemente aumentando as complicações obstétricas e necessidade de maiores intervenções.

A doula veio justamente para preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e afeto neste momento de intensa importância e vulnerabilidade. É o resgate de uma prática existente antes da institucionalização e medicalização da assistência ao parto, e que passa a ser incentivada agora com respaldo científico.

 
 

Os resultados deste apoio vêm trazendo revelações surpreendentes na redução das intervenções e complicações obstétricas, bem como facilitando o vínculo entre mãe e bebê no pós-parto.

 
 

O que a doula faz?

·         Oferece suporte emocional através da presença contínua ao lado da parturiente, provendo encorajamento e tranquilidade, oferecendo carinho, palavras de reafirmação e apoio. Favorece a manutenção de um ambiente tranquilo e acolhedor, com silêncio e privacidade.

·         Oferece medidas de conforto físico através de massagens, relaxamentos, técnicas de respiração, banhos e sugestão de posições e movimentações que auxiliem o progresso do trabalho de parto e diminuição da dor e desconforto.

·         Oferece suporte informativo explicando os termos médicos e os procedimentos hospitalares. Antes do parto orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto. Explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar física e emocionalmente para o parto, das mais variadas formas.

·         Também atua como uma ponte de comunicação entre a mulher, sua família e a equipe de atendimento, fazendo os contatos que a mulher desejar.

·         A doula se faz importante até mesmo num parto cesárea, onde continua dando apoio, conforto e ajudando a mulher a relaxar e tranquilizar-se durante a cirurgia.

·         Pode estar presente no pós-parto, auxiliando a mãe no seu contato com o recém-nascido e com a amamentação.

 
 

O que a doula não faz?

·         Não realiza qualquer procedimento médico ou clínico como aferir pressão, toques vaginais, monitoração de batimentos cardíacos fetais, administração de medicamentos.

·         Não é sua função discutir procedimentos com a equipe ou questionar decisões.

·         Não substitui qualquer dos profissionais tradicionalmente envolvidos na assistência ao parto.

·         Não substitui o acompanhante escolhido pela parturiente. Nesse caso a doula orienta o pai ou acompanhante a ter uma participação mais ativa no processo, sugerindo formas de prestar apoio e dar conforto à mulher.

 
 

 Vantagens

 
 

Klaus e Kennel publicaram em 1993 em “Mothering the mother”(13) um estudo  onde apontaram os resultados globais da presença da doula no trabalho de parto e parto, como pode ser visto abaixo:

·         Redução de 50% nos índices de cesariana

·         Redução de 25% na duração do trabalho de parto

·         Redução de 60% nos pedidos de analgesia peridural

·         Redução de 30% no uso de analgesia peridural

·         Redução de 40% no uso de ocitocina

·         Redução de 40% no uso de fórceps

Outros estudos (8-12) também mostram claramente que a presença da doula no pré-parto e parto trazem benefícios de ordem emocional e psicológica para mãe e bebê, incluindo resultados positivos nas 4ª a 8ª semanas após o parto:

·         Aumento no sucesso da amamentação

·         Interação satisfatória entre mãe e bebê

·         Satisfação com a experiência do parto

·         Redução da incidência de depressão pós-parto

·         Diminuição nos estados de ansiedade e baixa autoestima

As revisões da literatura científica elaboradas pelo notório grupo científico da Cochrane Collaboration’s Pregnancy and childbirth Group(3,4) inclui e valida diversos estudos abrangendo uma grande diversidade cultural, econômica e com diferentes formas de assistência. Confirma claramente que a presença da doula no suporte intra-parto contribui para a melhora nos resultados obstétricos, diminui as taxas das diversas intervenções e promove a saúde psico-afetiva da mãe e do vínculo mãe-bebê.

O mesmo grupo, em sua revisão publicada em 1998 declarou: “Devido aos claros benefícios e nenhum risco conhecido associado ao apoio intra-parto, todos os esforços devem ser feitos para assegurar que todas as mulheres em trabalho de parto recebam apoio, não apenas de pessoas próximas, mas também de acompanhantes especialmente treinadas. Este apoio deve incluir presença constante, fornecimento de conforto e encorajamento.” (4)

 
 

Atualmente a atuação da doula é reconhecida e recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde.

 
 

 
 

elaborado por Eleonora de Moraes

Site Despertar do Parto

Medo, dor e parto.

   

            Com o acesso à informação, sobretudo com a vulgarização dos sites de pesquisa como o Google, as pessoas e nesse caso especificamente as gestantes e seus familiares, tem se sufocado com tantas informações desconexas.

            Uma vez brinquei com a mãe de uma gestante adolescente, que naturalmente encontrava-se muito preocupada com o estado de saúde da filha. A menina vinha apresentando tonteiras, atraso menstrual, náuseas e vômitos e algumas alterações laboratoriais. A mãe me dissera que pesquisara no Google e que suspeitava estar sua filha sofrendo com um tumor de ovário ou de hipófise. Eu disse em tom irônico, já que a intimidade nesse caso permitia: – O problema da sua filha, lá na roça, num ambiente simples e desprovido de informação já teria sido diagnosticado! Seu sofrimento é fruto de muita informação, conhecimento limitado e quase nenhuma sabedoria…

            Estamos aos poucos perdendo nossa inocência e nossa capacidade de confiar. Nossa fé, não a fé dogmática, mas a espontaneidade de acreditar nos recursos que nos mantêm vivos e saudáveis, vem sendo substituída pelo medo.

            É sobre o medo que eu gostaria de escrever nesse momento. Para depois analisar a ação do mesmo sobre a percepção da dor e sua influência sobre o parto.

            O que é o medo? Qual o seu papel nas nossas vidas?

            Em síntese, a palavra MEDO foi convencionalmente criada para descrever um conjunto de sensações físicas no nosso corpo, associadas a um sentimento comum de vulnerabilidade. Esse sentimento comum surgia todas as vezes que sentíamos ameaçados. Por exemplo, diante do risco eminente de ser atacado por um Tigre Dente de Sabre, nosso ancestral sentia imediatamente uma sensação de frio congelante no estômago, seguido de palpitações no coração que faziam a pressão arterial subir e dilatar as veias do pescoço, a face ficava pálida, os lábios finos e brancos como cera, as pupilas dilatavam-se, os músculos de todo o dorso retesavam-se, os dentes naturalmente ficavam a mostra e os pelos se eriçavam. Tudo instantaneamente. Nesse momento a presa analisava em fração de segundos: Fugir ou atacar? Esse instinto, comum a todos os animais, é desencadeado por um conjunto de reações neuroendócrinas que nos conferiu a capacidade de autoproteção mais primitiva.

             Ufa! Ainda bem que somos assim! Se não fosse essa cascata de eventos não estaríamos lendo esse texto hoje.

            Alguns pesquisadores acreditam que há cerca de 30.000 anos, algum povo vindo da África, com uma estrutura linguística mais desenvolvida, passou a utilizar-se da conjunção “Se” (Conjunção subordinada condicional) que pode ser traduzida na formulação de novas hipóteses. Estranho não? Como uma palavrinha tão ordinária pôde mudar toda a forma do pensamento humano? Há quem diga que a partir desse momento o homem começou a se preocupar com o futuro e começou a agir no presente com olhos para o dia do amanhã (Obviamente que não de uma maneira tão simplista assim.).

            O que isso tem a ver com medo?

            A partir do momento que o homem passou a se preocupar com o futuro, nasceu o medo psicológico. Ou seja, a partir de uma hipótese, toda aquela cascata neuroendócrina desencadeada na eminência da morte volta a ocorrer como se o perigo fosse real. Aquela pessoa que de fato estivera frente a frente com o “tigre dente de sabre” é capaz de mobilizar todo o aparato bélico do organismo para proteger-se de inimigos imaginários. É por exemplo, o que acontece quando entramos num hospital e toda aquela lembrança de quando éramos crianças e fomos submetidos a um tratamento doloroso volta à tona. Sem sabermos exatamente o porquê, sentimo-nos vulneráveis e percebemos sensações físicas desagradáveis. 

            Esse é o mecanismo básico da principal doença da atualidade, o Estresse. O termo estresse é uma metáfora, brilhantemente importado da física, que descreve o ponto de ruptura de um objeto quando exposto a uma tensão contínua. No nosso organismo, trata-se do desequilíbrio gerado quando o mesmo é exposto às pressões do cotidiano (trabalho, cobranças, crises financeiras, violência urbana e crenças limitantes) de forma contínua e por um período prolongado.

            O que isso tem a ver com a dor e o parto?

            Sabemos então que o medo real é um importante instinto de sobrevivência. Mas e o medo imaginário? Esse talvez seja o maior vilão para a economia do organismo. Entende-se por economia, a relação de equilíbrio que de um lado tem-se a alocação de diversos recursos do organismo (energético, metabólico, imunológico, mecânico, circulatório) para reagir a um perigo eminente e de outro todas as outras funções homeostáticas (controle de temperatura, digestão, funcionamento das glândulas, reprodução, sono, etc.). O uso constante desse aparato bélico é responsável pela deterioração do equilíbrio de todas as outras funções do organismo. Gastando-se muita energia para lutar não sobra muito tempo para “Viver”.

            O medo imaginário pode materializar-se numa dor real. Ele mobiliza nosso cérebro e nossas células que trazem registrados lembranças, sensações e sentimentos armazenados durante toda a nossa existência. Principalmente das nossas experiências negativas vivenciadas ainda mesmo dentro do útero.

            As crenças limitantes, os mitos, a ignorância, o imediatismo, a falsa ideia de que as tecnologias substituem os processos naturais com segurança somados ao medo interferem contundentemente na dinâmica natural do trabalho de parto.

            O medo do parto, quando dissecado e analisado profundamente, transcende o simples medo da dor física. Muitas mulheres que nunca experimentaram essa sensação a descrevem como uma experiência demasiado desconfortante. A gravidez assim como o parto coloca em evidência a identidade de gênero da mulher, bem como a sexualidade, os genitais e todo o simbolismo que essa exposição representa para determinada sociedade. Na nossa especificamente, ela explicita muito cruamente um poder primitivo que vem sendo duramente suprimido pela cultura machista há milênios.

            É possível passar pela experiência do parto natural sem dor?

            Naturalmente não! No entanto, a percepção dessa dor, sofre importante modulação dependendo das motivações e crenças de quem vivencia integralmente todo o processo.

            É possível detectar alguns padrões de comportamentos associados a uma sensação prazerosa com o parto natural:

            – O parto pode ser prazeroso em mulheres que tiveram uma infância agradável, sem histórico de violência e naturalmente de bem com a vida.

            – Nas mulheres com autoestima elevadas e seguras da sua sexualidade.  Conscientes das suas potencialidades e confiantes nos mecanismos naturais que propiciam o nascimento.

            – Mulheres cujas gravidezes foram desejadas ou bem acolhidas intimamente.

            – Nas mulheres mais crédulas e que tem a habilidade de confiar nos seus assistentes. (Fé)

            – Nas idealistas, nas altruístas e nas espiritualmente maduras.

            – Naquelas mulheres que recebem o apoio da família, principalmente do parceiro.

            – Enfim, nas que assumem uma postura ativa e colocam-se como protagonistas do nascimento de seus filhos. Não abrem mão do seu papel de mãe, sobretudo o de fêmea.

 

Fábio Batistuta de Mesquita

Bom Despacho, 04 de Dezembro de 2010.  

           

Falsa médica é responsável por morte de recem nascido em SP

09/11/2010 – 20h43
Falsa médica é suspeita de realizar partos em SP; bebê morreu
DE SÃO PAULO

Duas pessoas que trabalhavam em uma clínica em São Mateus, na zona leste de São Paulo, foram presas na madrugada de segunda-feira (8) suspeitas de estelionato e exercício ilegal de medicina. No local eram realizados atendimentos médicos e partos –um deles, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, terminou com a morte de um recém-nascido.

Uma guarda civil metropolitana de 31 anos compareceu ao 69º DP (Teotônio Vilela) informando que estava grávida e, após passar mal, foi à clínica, onde foi recebida por uma mulher de 59 anos que se identificou como médica.

Após examinar a paciente, ela prescreveu um medicamento e pediu para outra funcionária aplicá-lo. Ao solicitar o atestado médico, uma funcionária do local informou que a médica estava no centro cirúrgico e voltaria para fornecer o documento. No atestado, havia o carimbo de um médico que não atendeu a vítima.

A guarda civil questionou o fato, e a suposta médica respondeu que era enfermeira-obstetra e não tinha habilitação para fazer prescrições médicas.

A Polícia Militar foi acionada e encaminhou os envolvidos à delegacia, onde a acusada afirmou que recebeu, por telefone, orientações de um médico para a prescrição dos remédios. A vítima negou que ela tenha falado ao telefone durante a consulta.

A suspeita, que não portava nenhum documento, informou que trabalha na clínica há cerca de cinco anos, mas que seu nome não consta no livro de funcionários. Ela disse que não se recordava de possuir inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, e contou que só havia estudado até a 8ª série.

Um médico de 52 anos, que teria contratado a falsa médica, confirmou as informações passadas pela mulher. Outros funcionários da clínica afirmaram que não sabiam que a suspeita se apresentava como médica.

Após consulta em seu sistema, a polícia constatou que havia um boletim de ocorrência de morte suspeita na clínica, registrado no dia 25 de outubro. O pai do recém-nascido morto no local foi chamado à delegacia e reconheceu a mulher como sendo a suposta médica que realizou o parto, com outras duas mulheres.

O médico e a mulher foram presos em flagrante, de acordo com a secretaria. Foram apreendidas fichas médicas, registro de funcionários e folhas com anotações feitas pela suspeita, para realização de exames grafotécnicos. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) foi informado do caso.

O delegado do 69º DP determinou a abertura de dois inquéritos: um para investigar a clínica e outro para investigar o exercício ilegal da medicina e a morte do recém-nascido.

O nome dos envolvidos e da clínica não foi divulgado pela secretaria.

Folha.com – Equilíbrio e Saúde – Períneo bem trabalhado garante vida sexual animada e postura firme – 09/11/2010

Folha.com – Equilíbrio e Saúde – Períneo bem trabalhado garante vida sexual animada e postura firme – 09/11/2010

viaFolha.com – Equilíbrio e Saúde – Períneo bem trabalhado garante vida sexual animada e postura firme – 09/11/2010.

Entenda a sua Musculatura Pélvica e o que pode ser feito para preservá-la.

O fundo da pelve óssea (bacia) termina numa cavidade em forma de funil chamada cavidade pélvica, que contém os órgãos pélvicos (útero, ovários, bexiga…). O fundo deste funil (que na mulher adulta tem cerca de 10 cm de diâmetro), é fechado por uma espécie de “cama elástica” chamada assoalho pélvico.

O assoalho pélvico é formado por 13 músculos, conhecidos em conjunto como musculatura do assoalho pélvico (MAP), auxiliados por fáscias e ligamentos
(que funcionam como elásticos biológicos).

A função de todo este conjunto é sustentar os órgãos pélvicos, como uma cama elástica sustenta o peso de alguém que pula sobre ela. Os elementos mais fortes e decisivos para este fim são os músculos.

A contração da MAP pode ser facilmente percebida internamente à vagina, logo na entrada e a alguns centímetros de profundidade. É ela a responsável pela sensação de pressão percebida durante a penetração e todo o ato sexual.

Como qualquer outro músculo, a MAP pode (e deve!) ser mantida forte, sadia e ativa durante toda a vida da mulher através do exercício. Existem diversos tipos de exercícios, que podem ser realizados pela própria mulher, na comodidade do seu lar ou mesmo durante as atividades da vida diária.

Exercitar constantemente a MAP, além de evitar o enfraquecimento e com ele todos os transtornos citados, melhora ainda a irrigação sanguínea desta musculatura favorecendo as condições necessárias a um orgasmo eficaz e diminui a ação degenarativa do envelhecimento sobre o sistema urogenital da mulher.

Entenda mais clicando AQUI.

Dicas de alimentação durante a gestação.

NUTRIÇÃO NA GRAVIDEZ

Hospital Universitário da USP

A gravidez é um período no qual a mulher deve cuidar bem da alimentação, dada a importância para o bom desenvolvimento do feto e para a prevenção de complicações durante a gravidez e o parto. Não se deve apenas aumentar a quantidade dos alimentos, mas observar a sua qualidade, pois eles devem conter proteínas, vitaminas e minerais, e não apenas calorias extras para a mãe. Portanto, não vale o ditado de que: “a gestante deve comer em quantidade dobrada”.
Durante a gravidez não é o momento de fazer regime, pois pode prejudicar o crescimento e a saúde do feto, mas de acompanhar o ganho de peso recomendado que varie de acordo com a avaliação do estado nutricional pré-gestacional. Essa avaliação é realizada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) – peso pré-gestacional em Quilogramas dividido pela estatura em metros ao quadrado (IMC= Peso/estatura2), de acordo com a tabela 1.

Tabela 1. Classificação da gestante segundo do estado nutricional pré-gestacional e ganho de peso recomendo.

Classificação
IMC
Ganho de peso no 1º trimestre (kg) Ganho de peso total
recomendado (kg)
< 19,8 – baixo peso 2,3 12,5 – 18
19,8 a 26 – normal 1,6 11,5 – 16
26 a 29 – sobrepeso 0,9 7,0 – 11,5
> 29 – obesidade 0,6

Fonte: Institute of Medicine (1990)

O ganho de peso (excessivo ou insuficiente) deve ser avaliado pelo profissional de saúde e a orientação nutricional, sempre que indicada, deve ser realizada e acompanhada por nutricionista.
A alimentação da gestante deve seguir as recomendações da Pirâmide Alimentar, salientando-se a importância no aumento das porções do Grupo dos Pães e do Leite, de forma individualizada.
A necessidade calórica da gestante depende, entre outros fatores, de sua idade, peso anterior à gravidez, estatura e atividade física que realiza. Em média, a alimentação diária deve conter no mínimo 2.000 kilocalorias (para as mais “gordinhas”, sedentárias, com diabetes gestacional) a 2.500 KCal (para as mais magras, adolescentes ou com mais atividade física).

Durante a gravidez:
• Necessidades nutricionais na gravidez
• Azia
• Enjôo
• Flatulência
• Outras recomendações
• Gestantes Vegetarianas
• Diabetes Gestacional
• Hipertensão Arterial e Edema
• Ganho excessivo de peso
• Ganho insuficiente de peso


 Necessidades nutricionais na gravidez

As necessidades de alguns nutrientes aumentam durante a gravidez, pois fazem parte da formação e crescimento do feto, principalmente proteínas, o cálcio, fósforo, vitamina D, ferro, vitaminas e minerais em geral.

Proteínas
As proteínas fazem parte da formação de tecidos no corpo da mãe (útero, mamas, placenta, líquido amniótico) e do crescimento e desenvolvimento do feto. Os alimentos fonte de proteínas são o leite e seus derivados, carnes (bovina, frango, peixe, fígado e miúdos), ovos e em menor proporção, as leguminosas (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão de bico). Se a ingestão de proteína estiver adequada, então cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B também estarão, pois estão associados às proteínas. Cada grama de proteína contém 4 Kg, e deve fornecer 10-15% das calorias totais no dia. O excesso de proteína é contra indicado, pois pode sobrecarregar fígado e rins.

Carboidratos
Os carboidratos é o combustível do nosso corpo. Precisamos dele para gerar cerca de 50-60% das necessidades energéticas diárias. Cada grama de carboidrato fornece 4 kg. Porém, se ingerirmos mais calorias que as necessárias para o nosso organismo e para a formação do feto, esse excedente será transformado em tecido gorduroso para a mãe, provocando o ganho de peso excessivo. Os carboidratos podem ser divididos em dois grupos: açúcar e amido. Em cada refeição, deve haver amido para que a proteína não seja utilizada como fonte de energia.
Açúcar: o ideal é usar pouca quantidade e evitar o excesso de doces, pois podem aumentar demais a ingestão calórica e favorecer o ganho de peso excessivo. Sempre dê preferência para as frutas, como sobremesa.
Amido deve ser a base da alimentação diária. Os alimentos fonte de amido são: grãos, principalmente o arroz, alimentos feitos com farinhas (pão, bolachas, torradas, macarrão, polenta, farofa) e raízes brancas (batata, cará, mandioca, inhame).
Lembre-se que estes alimentos são substitutos entre si. O ideal é consumir o amido na forma integral, como arroz integral e pão.

•  Lipídios
Os lipídios fornecem bastante energia (cada grama = 9 kg), vitaminas (A, D, E e K) e ácidos graxos que são essenciais para a formação de tecidos e hormônios. Cerca de 25-30% das calorias totais do dia devem vir dos lipídios. O ideal é escolher os lipídios mais saudáveis, de origem vegetal, com margarina light, os óleos de milho, girassol e soja, e o azeite de oliva. Os lipídios de origem animal contêm muita gordura saturada e colesterol. Deve-se evitar o uso excessivo de manteiga, creme de leite, maionese, frituras, pele de frango, carnes gordas, toucinho, bacon, lingüiça, frios (salame, mortadela, presunto).

Vitaminas e Minerais
As vitaminas e minerais fazem parte das reações químicas que ajudam no bom funcionamento do organismo. São encontrados nas carnes, leite, leguminosas, verduras, legumes e frutas. O ideal é consumir verduras e legumes na forma crua ou cozinhar com casca e pouca água, sempre muito bem lavados. É melhor comer a fruta do que fazer suco para que não se perca a fibra e parte da vitamina C.

Cálcio
O cálcio entra na formação dos ossos e dentes do feto, além da reposição e fortalecimento dos ossos e dentes maternos. Ele é encontrado principalmente no leite e seus derivados (queijos, iogurte). Deve-se consumir leite ou seus derivados 4 vezes ao dia.

Fósforo e Vitamina D
O fósforo e a vitamina D também são necessários para a utilização do cálcio na formação dos ossos. O fósforo é encontrado em todos os alimentos protéicos, por isso dificilmente teremos falta desse nutriente. Sempre que possível e nos horários recomendados, deve-se expor ao sol diariamente, pois assim as necessidades de vitamina D também serão satisfeitas. Uma
caminhada de 20 minutos para esticar as pernas, gastar um pouco de energia e tomar um pouquinho de sol fraco também é recomendado.

Ferro
O ferro é o responsável por evitar a anemia ferropriva. Ele se liga aos glóbulos vermelhos do sangue para carregar o oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo da mãe e do feto. O ferro é encontrado nas carnes em geral (especialmente no fígado). Portanto, deve-se comer fígado, se possível, pelo menos uma vez por semana, pois o feto reserva parte desse ferro para suprir as suas necessidades após o nascimento. O consumo de uma fruta rica em vitamina C nas refeições, ajuda na melhor absorção do ferro. Evitar café ou chá, leite, queijo ou iogurte logo após as refeições, pois esses alimentos diminuem a absorção desse mineral.

Ácido Fólico
O ácido fólico é fundamental no primeiro trimestre da gravidez, pois participa da formação do sistema nervoso do feto e sua deficiência pode provocar malformações. O ácido fólico é encontrado nas hortaliças folhosas verdes (espinafre, brócolos, couve), leguminosas (ervilha, feijão, lentilha, grão de bico), frutas cítricas (laranja, mexerica), germe de trigo, pão integral, ricota, iogurte. Deve-se dar preferência para verduras e legumes crus.

Líquidos
Os líquidos ajudam a hidratar a pele, unhas, cabelos, auxiliando também na formação de fezes macias e fáceis de evacuar. A gestante deve ingerir cerca de 8 copos de líquidos por dia, de preferência nos intervalos das refeições para não dilatar demais o estômago e facilitar a ocorrência de refluxo gastresofágico, aumentando a azia. Podem ser ingeridos na forma de sucos naturais, chás ou água.

• Fibras
Como normalmente o intestino fica “preguiçoso”, principalmente no final da gestação pela posição do útero sobre o intestino e diminuição da atividade física, deve-se aumentar a ingestão de:
Fibras, ou seja, verduras cruas, legumes crus, frutas (mamão, caqui mole, laranja com bagaço, mexerica, uva, abacaxi com o miolo), cereais integrais, farelo de aveia e pão integral.
Líquidos, especialmente água.

• Fracionamento das refeições
Para uma melhor digestão e aproveitamento dos alimentos, eles devem ser ingeridos a cada 3 horas, melhorando a sensação de fome da gestante, azia e mal estar. Deve-se comer devagar e mastigar bem os alimentos.

Azia
A azia é muito comum no início e final da gravidez. Para melhorar a azia é importante:
• Evitar café preto em jejum, chá preto e mate.
• Dar preferência para chá de camomila, erva-doce, erva-cidreira, chá de   frutas.
• Evitar bebidas alcoólicas, excesso de açúcar, doces e gorduras.
• Evitar temperos picantes como pimenta do reino e molho inglês.
• Dar preferência para alho, cebola, cheiro verde, orégano, manjericão,   coentro.
• Evitar deitar logo após as refeições.
• Fracionar a dieta, comer devagar e mastigar bem os alimentos.


Se sentir enjôo:
• Ao acordar, comer 2 ou 3 torradas e esperar alguns minutos antes de   levantar.
• Comer alimentos frios, secos ou pastosos, mingaus, vitaminas.
• Utilizar gengibre e ervas frescas ao preparar as refeições.
• Chupar limão, gelo e beber água de coco.
• Comer devagar e mastigar bem os alimentos.
• Fracionar a dieta em pequenas refeições ao dia.
• Não tomar líquido rapidamente. Tomar em goles pequenos.
• Evitar alimentos gordurosos e muito condimentados.

Enjôo

Flatulência
Em caso de flatulência (formação excessiva de gases):
• Evitar repolho, couve, couve-flor, brócolis, rabanete, nabo.
• Evitar excesso de cebola, alho, alho-poró, agrião, feijão, soja, lentilha,   ervilha, batata doce, maçã, passas, açúcar, doces, alimentos batidos no   liquidificador.
• Dar preferência para queijo magro, o iogurte e leite fermentado.
• Lembrar novamente que comer rápido e mastigar mal os alimentos faz com   que a digestão não seja perfeita e facilite a formação de gases.

Outras Recomendações
• Evitar o álcool, o fumo e as drogas, pois podem provocar sérios problemas   ao feto e à mãe.
• Evitar a cafeína, o chá preto, o mate, refrigerantes à base de cola, pois são   substâncias estimulantes que passa pela placenta e podem prejudicar o feto.

Gestantes vegetarianas
• Se a gestante segue uma dieta ovo-lacto-vegetariana, é provável que   consiga atingir suas necessidades nutricionais com uma dieta bem calculada.   Apenas a quantidade de ferro não será atingida, necessitando   obrigatoriamente de um complemento.
• Se a gestante segue uma dieta estritamente vegetariana, terá falta de   vitamina B12 e ferro, necessitando de complementação. A dieta terá que   conter alimentos ricos em proteínas, cálcio e ferro.

Diabetes Gestacional
Quando os exames de glicemia (“açúcar no sangue”) e intolerância à glicose (GTT) estão alterados deve-se cuidar mais ainda da alimentação e do ganho de peso. Para tanto recomenda-se que:
• Fracionar a alimentação (6 vezes ao dia): café da manhã, almoço e jantar,   incluindo um lanche no meio manhã, no meio da tarde e antes de dormir.
• Evitar açúcar (sacarose), mel e alimentos feitos com açúcar.
• Evitar usar adoçante químico (sacarina e ciclamato). Dar preferência a Stévia. Adoçante à base de aspartame devem ser evitados ou consumidos com moderação.
• Controlar a quantidade de amido (arroz, pão, bolachas, torradas, macarrão, polenta, farofa, batata, cará, mandioca, inhame), que se transforma em glicose no final da digestão.
• Moderar o consumo de frutas (frutose), em 3 a 4 porções pequenas ao dia,   em horários diversos. Lavar e comê-las com casca ou bagaço, se possível.

As fibras retardam a absorção da glicose no intestino, portanto deve-se aumentar a ingestão de verduras e legumes crus, frutas com casca ou bagaço (maçã, pêra, laranja, etc), farelo de aveia, cereais integrais e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico e soja), nas quantidades recomendadas.


Hipertensão Arterial e Edema (inchaço)
Nesses casos, deve-se:
• Controlar o sal, preparando todos os alimentos sem sal e colocando 1 colher   de café rasa de sal sobre o prato do almoço e do jantar.
• Evitar os produtos industrializados que vêm com sal (enlatados, embutidos)   e os temperos prontos.

Ganho excessivo de peso
• Comer devagar e mastigar bem os alimentos. Saborear, sentir o gosto de   cada alimento, pois esta conduta é um moderador natural do apetite, facilita a   digestão e evita a sensação de azia e mal estar após as refeições.
• Fracionar a dieta em 5 a 6 vezes ao dia.
• Procurar comer sempre como primeiro prato, uma salada de folhas,   temperada com pouco sal e azeite, vinagre, limão, cebola, cheiro verde.
• Em casa, ter sempre uma tigela de palitos de cenoura, talos de aipo (salsão)   e fatias de pepino em água gelada, para “disfarçar a fome”.
• Evitar doces, frituras e alimentos gordurosos. O leite integral pode ser   trocado pelo leite desnatado, queijos brancos ou ricota, iogurte desnatado.
• Não fazer as compras de supermercado com fome.
• Procurar fazer as refeições em lugar adequado. Televisão, rádio pode   distraí-la, levando-a a comer mais.
• Não fazer jejum, pois isso não controla o ganho de peso e é prejudicial ao   feto.
• Variar ao máximo os alimentos e tipos de preparações, pois um dos motivos   de desistência da dieta é a monotonia do cardápio.

Portanto, use a criatividade e imaginação para o preparo das refeições. O importante é criar um hábito alimentar saudável e que mantenha o ganho de peso adequado na gravidez, facilitando o retorno ao peso anterior à esta. Quanto mais amamentar, mais rápida é a perda de peso, além de ser o melhor alimento para o bebê.

Ganho insuficiente de peso.
O ganho insuficiente de peso da gestante durante a gravidez promove um peso menor para o feto. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de alimentos, podendo:
• Colocar mais 1 colher de sopa cheia de leite em pó no copo de leite com café, chocolate ou frutas; ou acrescentar 1 colher de sopa rasa de creme de leite.
• Colocar aveia ou cereais no leite e/ou frutas.
• Escolher doces à base de leite como pudim, sorvete, bolos.
• Colocar creme de leite em sopas, carnes, legumes e verduras.
• Gratinar verduras e legumes com molho branco e queijo.
• Passar os legumes na manteiga.

O Ministério Público Ajuiza Ação Contra a ANS para reduzir Cesárias Desnecessárias

24/08/10 – MPF-SP ajuiza ação civil pública para que ANS seja obrigada
a regulamentar serviços obstétricos privados

 

Após três anos de debate, órgão entra na Justiça para conter o elevado
índice de cirurgias cesarianas no país; estudos mostram que o
procedimento oferece maiores riscos à mãe e ao feto, em comparação ao
parto normal

O Ministério Público Federal em São Paulo entrou com ação civil
pública para que a Justiça condene a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) a expedir, dentro de um prazo a ser definido, uma
regulamentação dos serviços obstétricos realizados por planos de saúde
privados no país. O objetivo é que a regulamentação leve a uma
diminuição ou evite a realização de cirurgias cesarianas
desnecessárias.

A regulamentação, a ser promovida pela ANS, deverá determinar às
operadoras de planos privados de assistência à saúde que forneçam a
seus beneficiários, a pedido destes e em prazo fixado pela própria
agência, os percentuais de cesarianas e partos normais executados
pelos obstetras e hospitais remunerados pela operadora no ano anterior
ao questionamento.

No documento, a ANS também deverá definir, segundo seus critérios
técnicos, um modelo de partograma e estabelecê-lo como documento
obrigatório a ser utilizado em todos os nascimentos,  sendo esta a
condição para o recebimento da remuneração da operadora. Além disso, o
texto deve determinar a utilização do cartão da gestante como
documento obrigatório.

O MPF pede que a regulamentação a ser estabelecida obrigue as
operadoras e hospitais a credenciar e possibilitar a atuação dos
enfermeiros obstétricos no acompanhamento de trabalho de parto e do
parto propriamente dito.

A regulamentação ainda deve criar indicadores e notas de qualificação
para operadoras e hospitais específicos, visando à redução do número
de cesarianas e a adoção de práticas humanizadoras do nascimento. Por
fim, o documento deve estabelecer que a remuneração dos honorários
médicos a serem pagos pelas operadoras seja proporcional e
significativamente superior para o parto normal em relação a
cesariana, em valor a ser definido pela ANS.

A ação surge para proteger os direitos dos consumidores usuários de
planos de saúde privados e permitir que obtenham informação adequada
sobre a prestação de serviços médicos obstétricos, oferecendo, assim,
às mulheres gestantes e parturientes, melhores condições de nascimento
de seus filhos pela via do parto normal. Nessa situação, evita-se a
realização de cirurgias cesarianas contra a vontade da mãe ou sem que
haja uma indicação médica prévia para tal operação.

REPRESENTAÇÃO – A ação surge na esteira de um debate de mais de três
anos, quando o MPF instaurou a representação n.º
1.34.001.004458/2006-98, tendo como objetivo apurar as causas do
elevado número de cirurgias cesarianas realizadas na rede privada de
saúde, bem como obter medidas para reverter o quadro.

A tramitação da representação gerou um debate extenso junto aos
principais atores diretamente interessados na questão e permitiu
desenhar o panorama do parto na rede privada de saúde no país.

Dentre as conclusões a que o MPF chegou, está a que diz respeito às
elevadas taxas de cirurgia cesariana praticadas no setor privado de
saúde, consideradas acima do recomendado pela OMS e que não encontram
similar em qualquer outro lugar do mundo, segundo dados fornecidos
pela própria ANS.

Para o MPF, todos os estudos desenvolvidos sobre o tema levam concluir
que a realização de uma cirurgia cesariana implica em maiores riscos
de morte materna e de morte fetal, em comparação ao parto normal, além
de outras complicações. A opção pela realização da cirurgia
justifica-se unicamente se existirem outros riscos para o nascimento
por parto normal, que sejam maiores e mais graves que os gerados pela
cesárea.

Ao longo do trabalho investigativo, o MPF apurou, também, que o
problema da excessividade do número de cesáreas é reconhecido pelo
poder público, assim como por todos os demais setores envolvidos. No
entanto, nenhum órgão ou entidade compareceu aos autos, aos eventos e
a reuniões ou sequer apresentou documentos para defender a
legitimidade e o benefício em se manter a taxa de cesárea do setor
suplementar de saúde em 80% dos nascimentos.

Segundo apurado pelo MPF, as políticas até hoje adotadas para a
modificação desse quadro são exclusivamente voltadas para a promoção
de campanhas de esclarecimento a população, sem obtenção de
resultados. Levando-se em consideração o aumento das cesáreas ao longo
dos anos, o órgão aponta a ineficácia de todas as estratégias
existentes até o momento para lidar com o problema.

O MPF também constatou que as altas taxas de cesáreas existentes no
setor privado de saúde devem-se ao fato de que a maioria dos médicos
que realizam partos e é remunerada pelo plano de saúde não pratica
partos normais, devido a demora para a realização do procedimento
cirúrgico e ao fato de a remuneração para ambos os procedimentos ser a
mesma, tornando-se financeiramente interessante optar pela cesárea.

A partir de documento produzido pela ANS, observa-se também situações
em que a paciente se submete à cesárea por força da insegurança criada
na mãe pelo médico, que a convence de que o parto normal supostamente
oferece mais riscos.

Segundo os procuradores da República Luciana da Costa Pinto e Luiz
Costa, autores da ação, “o acompanhamento de um parto normal é
consideravelmente mais demorado do que a realização de uma cesárea.
Resta evidente, portanto, a desvantagem financeira do profissional que
se disponha a atender partos normais, recebendo por uma média de oito
horas de trabalho o mesmo que um colega que só faça cesáreas agendadas
que duram cerca de uma hora”.

ACP nº 0017488-30.2010.4.03.6100, distribuída à 24ª Vara Federal Cível
de São Paulo

Para ler a íntegra da ação, clique aqui

Fonte: http://www.prsp.mpf.gov.br/sala-de-imprensa/noticias_prsp/24-08-10-2013-mpf-sp-ajuiza-acao-civil-publica-para-que-ans-seja-obrigada-a-regulamentar-servicos-obstetricos-privados